A escoliose é um desvio postural na coluna vertebral caracterizado por inclinação, flexão e rotação das vértebras da coluna, obtendo forma tridimensional, formando um “S” ou um “C”. É um problema comum entre a população. Ela costuma ocorrer em grande escala durante o crescimento, principalmente se não houver fortalecimento na região.
A escoliose pode ser de origem idiopática, neuromuscular ou congênita e se classifica em não-estruturada , estruturada transitoriamente e estruturada. Essas classificações devem ser cuidadosamente analisadas pelo profissional ao iniciar as aulas do Método Pilates com o aluno escoliótico.
A escoliose não-estruturada apresenta leve curvatura e se pode observar correção durante a flexão de coluna. É a mais fácil de ser trabalhada, pois ainda pode ser revertida. Neste caso, exercícios de estabilização de coluna e fortalecimento paravertebral e dos músculos do Power House são muito indicados, pois a coluna necessita de estabilidade. O alongamento de cadeia lateral também é importante, desde que trabalhado igualmente para os dois lados e sem sobrecarga. Exercícios de dissociação de membros e fortalecimento geral em decúbito dorsal são uma boa alternativa nesses casos.
Na escoliose estruturada transitoriamente, o desvio surge de forma secundária à hérnia discal ou situações inflamatórias. A mesma metodologia da escoliose não-estruturada pode ser aplicada neste caso, porém deve-se, prioritariamente, respeitar o grau de inflamação originado por outro problema.
A escoliose estruturada é aquela da qual não é possível reverter a deformidade. Pode ser hereditária ou causada por alterações no período embrionário. Neste caso, o trabalho deve focar-se no alongamento das estruturas envolvidas, fortalecimento de paravertebrais e do Power House para que outras estruturas não sejam comprometidas. Evitar movimentos de flexão de coluna e inclinação lateral é importante para não aumentar o grau de curvatura da coluna.
O método Pilates proporciona uma grande variedade de exercícios para atingir um mesmo objetivo. Dessa forma, o Pilates é uma alternativa eficiente e motivante para os alunos.
Sempre deve ser considerada a individualidade do aluno, conhecendo-o e respeitando suas possibilidades.
Como o Pilates atua no controle, consciência e correção da postura, ele é um excelente tratamento para reabilitação de pacientes que sofrem com a doença. As posturas e exercícios do método permitem que os alunos mantenham uma postura neutra da coluna vertebral, minimizando movimentos musculares desnecessários e, assim, melhorando a estabilidade do corpo e prevenindo a fadiga.
Benefícios do Pilates para quem sofre com escoliose
Quem pratica Pilates e sofre com escoliose é beneficiado de diversas maneiras. A flexibilidade da coluna aumenta e a musculatura é fortalecida, protegendo ainda mais a região. Além disso, a metodologia contribuiu para o alinhamento e para a postura, provendo maior consciência corporal.
Para alunos que sofrem com essa patologia, é fundamental lembrar da ativação da Power House durante toda a aula, uma vez que essa será a base para alinhar e fortalecer a região. A respiração também vai desempenhar um papel muito importante nas aulas, tanto para ajudar na ativação da Power House, quanto para permitir maior concentração e consciência durante as posturas.
Não esqueça, claro, de respeitar os limites de cada aluno e sempre perguntar se eles estão sentindo alguma dor ou desconforto. Você verá como o Pilates terá o poder de ajudar pessoas que sofrem com a escoliose a amenizar dores e melhorarem sua qualidade de vida!